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Descobertas

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Mensagem por Naythan Drion Dom Out 16, 2016 7:09 pm

Turno fechado ( Naythan Drion; Red )
Ordem de postagem: Nay
Situação: Naythan percebe que Eve está sendo seguida e decide descobrir o que está acontecendo.




Naythan estava irritado.

Sentir-se assim era uma coisa completamente incomum para o jovem, porém não conseguia conter o mau humor e a raiva que tinha dentro se si naquele momento. Tinha que ficar calmo, porém, já que não podia perder o foco e a atenção. Estava escondido sobre o telhado de uma casa do outro lado da rua de onde ficava a sua, mais precisamente de frente para a janela da sua prima. Teve dificuldade para subir ali, as casas na cidade eram bem mais complicadas que as casas no campo e ainda estava se acostumando, mas de onde estava tinha uma visão geral da rua e ficava escondido pelas telhas e a chaminé. Era um bom lugar, ainda poderia escorregar e cair diretamente sobre um arbusto denso se precisasse correr, então realmente, estava em uma posição quase privilegiada ali.

O que não mudava em nada seu humor péssimo.

No início da semana tinha tirado uma foto da prima pela manhã, como era usual, buscando registrar a beleza dela como era merecida. O que não era usual, porém, foi o fato de que tinha uma outra pessoa na foto. Uma pessoa parcialmente escondida e fora do foco, que não pensaria duas vezes sobre se ela não estivesse olhando exatamente na direção da prima. Nay não era supersticioso, nem um pouco, mas tivera uma impressão ruim vendo aquilo. Talvez fosse apenas uma coincidência, coisa do momento que a câmera capturou, mas não. No outro dia havia novamente algo errado, um vulto de forma humanóide marcava presença na fotografia tirada em outro momento e em outro lugar. O fato tornou a acontecer dois dias depois, e o jovem já não podia mais ignorar que tinha algo de estranho acontecendo.

Assim, juntou todas as fotos que tinha tirado da prima nas ultimas semanas e em boa parte delas havia a presença de alguém que parecia difícil de ignorar. Nas fotos tiradas na rua durante o dia e durante o trabalho não conseguia notar nada de anormal, e mesmo em algumas outras também não tinha nada além da beleza loira de sua família, mas em boa parte sempre tinha alguma pessoa distante parada ao fundo, um vulto, uma sombra. Era terrível. Ainda tentou ignorar a sensação ruim que lhe acometia, porém a última gota fora hoje pela manhã, quando tirou uma foto da mulher tomando o primeiro sol do dia na grande janela da cozinha e ao revelar viu uma pessoa do outro lado da rua olhando na direção da casa. Estava sendo paranóico? Talvez, não tinha certeza de nada depois de tudo que já tinha visto naquela cidade.

Por isso estava ali. Não ligava de passar os próximos dias e noites vigiando a prima para ter certeza de que não tinha nenhum stalker se isso significava saber o que diabos estava acontecendo. Ela já tinha passado por tanto com o pai e com aquele ex, não merecia mais dor de cabeça, ainda mais com o tanto que já fazia seguindo com o jornal todos os dias. Preferia ficar cansado e ter a certeza de que estava tudo bem, do que deixar algo pior acontecer.
Naythan Drion
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Mensagem por Red-II Sáb Nov 19, 2016 5:31 pm

Ela o tinha na palma da mão.

Por mais que o pensamento o irritasse mais do que o recomendado – tendo gerado uma reunião de emergência com a Brotherhood – não havia uma solução definitiva para aquilo. Tinham resgatado Eveleen Sybila, agora no comando do maior jornal de Affaire, de uma morte certa. Em vez de apenas agradecimentos, no entanto, a loira demonstrara uma personalidade forte, que conseguira virar o jogo para que ela obtivesse vantagem nas informações. O allmate dela, no caso de qualquer fatalidade acontecer com a dona, revelaria informações imediatamente para o jornal. No caso, do que ela havia visto da Brotherhood.

Poderia tê-la matado, bem ali. Ela não tinha nada que não sumiria em algumas semanas, com o quão rápido notícias corriam; e tinha toda a intenção de descobrir mais sobre a organização. Sobre ele próprio, também. Mas a jornalista também não havia feito nada de errado. Mostrava um interesse e comprometimento admiráveis pelo trabalho que fazia, já que a salvara no meio de um forte abandonado habitado por bandidos e traficantes. Ela investigava porque queria. Fazia o que queria, e ponto.

Era uma ameaça crescente, mas não conseguia evitar pensar no quão forte seria como aliada.

Não que tivessem chegado àquele ponto. Mas se tinha uma certeza, era que a veria de novo.

Quando Eveleen bem entendesse.

A única decisão que tomaram foi de, inicialmente, observá-la. Descobrir o que era de conhecimento público sobre a mais velha, e evitar que morresse por qualquer infeliz que decidisse enfiar uma faca em uma traunsente no dia-a-dia. Ela deveria ter inimigos, também. O último dono do jornal havia sido dado como morto, e suspeitava que não fora por nada. Como a atual tinha algum conhecimento da Brotherhood, do quartel general deles, e “da” líder, decidiram protegê-la, pelo momento. E ver onde aquilo os levaria.

Durante o dia, alguns se misturavam à multidão, fazendo uma vigia mais sutil dos movimentos alheios. Durante a noite, como ela se encontrava em casa na maioria das vezes, era uma questão de se esconder e observar. O próprio Red tomava o posto de tempos em tempos, mesmo que não significasse qualquer atividade movimentada. Conhecia, por observação e relatos, a rotina de Eveleen. Sabia com quem ela mais falava, o que acontecera com a família, e coisas do tipo. Não saíra de um comportamento normal, que hora ou outra seria quebrado.  

Nada demais havia acontecido naquele período de tempo, e não havia razão para suspeitar que ocorreria. Mas, continuariam daquela forma. Quase uma escolta. Quando fosse necessário, ela tomaria conhecimento daquilo, nem que fosse em alguma perseguição de matéria nova para o jornal.

Naquela noite, pela primeira vez, algo estranho cruzou a vista do ruivo. Era um hábito ver as coisas de cima, para ter uma noção mais ampla do que ocorria pela rua em que a moça morava. A janela já estava apagada, como raras vezes não acontecia durante a madrugada. Contudo, ao olhar para o lado... Outra casa, outro telhado, escurecidos pela noite na rua mal iluminada. E nela, outro vulto. Não parecia ser um dos seus, mas não conhecia reconhecer minimamente quem seria, àquela distância. Ele segurava algo. Uma... Câmera? Havia subido silenciosamente, mas não demoraria a ser percebido, provavelmente. Em todo caso, era curioso. O desconhecido estava justamente em frente ao pequeno prédio onde Eveleen e diversas outras pessoas moravam, quase na altura da janela da mesma. Não tinha nada concreto, mas mesmo se não tivesse a ver com o que estava fazendo, poderia investigar.

Nem tão sutilmente, já que não queria que ele fugisse quando visse outra pessoa. Pulou de um telhado para o outro, esperando que o barulho fosse o suficiente para chamar a atenção alheia. A mão na arma, dentro do sobretudo, era de praxe. Se precisasse, o ameaçaria. Inicialmente, apenas se aproximou, o rosto encapuzado tentando identificar as outras feições. – Ocupado com algo?
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